One Planet City Challenge | OPCC

Desafio das Cidades pelo Planeta: entenda como funciona a campanha

O Desafio das Cidades pelo Planeta (One Planet City Challenge ou OPCC na sigla em inglês) é uma competição amigável criada pela rede WWF para mobilizar cidades na agenda de mudança do clima, buscando reduzir suas emissões e se adaptarem aos impactos.

Por que focar nas cidades

Atualmente, mais da metade dos habitantes do mundo vive nas cidades e a urbanização continua crescendo. As cidades respondem por 70% das emissões de carbono e geram mais de 80% do PIB global. As regiões urbanas são locais onde os problemas tendem a se multiplicar, mas também representam importantes pilotos e multiplicadores de soluções. Como centros de poder político e corporativo, as cidades podem acelerar a transição para um clima estável.

O objetivo do OPCC é engajar as cidades a desenvolverem planos de ação para manter o aumento médio da temperatura global abaixo de 1,5° C. O mundo deseja uma liderança transformacional e o OPCC visa incentivar as cidades a desenvolverem as habilidades e estratégias necessárias para alcançar isso. Em última análise, o OPCC busca contribuir para que cidades desenvolvam melhores práticas e sejam mais estratégicas, eficientes e eficazes em seus planos de mitigação e adaptação climática.

O OPCC trabalha em colaboração com redes de cidades, como o Pacto Global de Prefeitos, ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade, C40 e CDP

Incentivo para ações mais ambiciosas

A seleção das cidades como finalistas não significa que elas sejam 100% sustentáveis. O WWF acredita que atualmente nenhuma cidade no mundo pode ser vista como perfeitamente sustentável. Todas as cidades ainda têm um longo caminho a percorrer antes que possam reivindicar que todos os seus residentes tenham uma vida de alta qualidade, compartilhando equitativamente a capacidade biológica do nosso planeta para sustentá-las. Mas há cidades que estão reportando e/ou adotando ações de sustentabilidade que podem desempenhar um papel significativo na condução de uma transição para um futuro sustentável e baseado em energia renovável.

Como é feito o processo

O OPCC ocorre em ciclo de dois em dois anos. O primeiro ano do Desafio é destinado à divulgação e engajamento das cidades a reportarem suas informações.

Para participar do OPCC, as cidades são obrigadas a relatar suas ações climáticas diligentemente por meio do sistema  unificado de reporte do CDP e  ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade. O requisito de dados do OPCC está totalmente alinhado com o reporte do Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia (GCoM). Isso significa que as cidades podem atender aos requisitos do GCoM participando no OPCC e vice-versa.

Como o objetivo do OPCC é desenvolver e disseminar as melhores práticas de mitigação e adaptação ao clima, para participar, as cidades foram convidadas a:

  • Relatar compromissos climáticos ambiciosos, em conformidade com o Acordo de Paris e com o objetivo de não exceder o aquecimento global de 1,5 ° C; e
  • Relatar planos de ação climáticos ambiciosos, transversais e com avanços que cumpram esses compromissos.

Critérios de análise e pontuação do Desafio das Cidades 

Os dados submetidos pelas prefeituras participantes por meio da plataforma foram analisados pelo WWF e pela Arup, uma das principais consultorias mundiais, que escolheram de 1 a 3 finalistas por país. Esses finalistas foram então avaliados pelo júri de especialistas do OPCC, que fez a seleção final dos vencedores nacionais e de um vencedor global.Este ano, pela primeira vez, as cidades participantes foram avaliadas sobre como seus esforços estão alinhados com o Acordo de Paris e com a meta de ficar abaixo de 1,5 ° C de aquecimento global. Os participantes também receberam orientações sobre ações de grande alcance para ajudá-las a atingir esse objetivo.A tabela completa com critérios e pontuação está neste link com pequeno adendo de errata aqui.Mais informações sobre o OPCC:• O OPCC é a maior e mais longa competição desse tipo. Mais de 400 cidades dos 5 continentes participaram com pelo menos um objetivo de redução de emissões de carbono e aumento da resiliência climática.• Os participantes já levantaram ambições em iniciativas de relatórios globais relatando mais de 5.700 ações, com um total de 3,9Gt de potencial de redução de emissões de GEE até 2050.• A metodologia nova, exclusiva e verificada por especialistas do OPCC para verificar reduções de emissões permite que as cidades participantes relatem emissões, objetivos e metas em plataformas de relatórios padronizadas.• Os dados dos participantes são então avaliados e comparados às trajetórias de redução de emissões recomendadas para seu tipo de cidade, a fim de limitar o aquecimento global a 1,5 °C ou menos.• Esse processo orienta as cidades para as ações mais impactantes que elas podem executar para reduzir as emissões e se alinhar com a meta de 1,5 ° C.• Em última análise, o objetivo é que as cidades desenvolvam as melhores práticas e sejam mais estratégicas, eficientes e eficazes em seus planos de mitigação e adaptação climática.• O Desafio das Cidades pelo Planeta trabalha em colaboração com redes da cidade, como o Pacto Global de Prefeitos, ICLEI, C40 e CDP. Sobre a campanha 2019/2020Nesta edição, o Desafio das Cidades pelo Planeta recebeu inscrições de mais de 250 cidades de 53 países, relatando ações e dados relativos à questão climática por meio de um sistema de relatório unificado, hospedado pelo CDP e ICLEI. No Brasil, foram 20 prefeituras inscritas.

Quem foram as finalistas do OPCC 2019/2020:

  • Argentina: Buenos Aires, Chacabuco, São Martinho dos Andes
  • Brasil: Belo Horizonte, Fortaleza, Rio de Janeiro
  • Canadá: Vancouver
  • Chile: Peñalolén, Santiago, Valdivia
  • Colômbia: Mantizales, Monteriá, Villavicencio
  • Costa do Marfim: Commune de Cocody
  • Equador: Municipio de Loja
  • Finlândia: Turku
  • França: Paris
  • Guatemala: Escuintla, Iztapa, San José
  • Islândia: Reykavik
  • Índia: Kochi, Nagpur, Rajkot
  • Indonésia: Balikpappan, Banda Aceh, Jacarta
  • Malásia: Melaka, Petaling Jaya, Sebarang Perai
  • México: Hermosillo, Mérida, Cidade do México
  • Nova Zelândia: Conselho Municipal de Wellington
  • Noruega: Arendal, Baerum
  • Peru: Borja, Lima, Magdalena
  • Filipinas: Batangas, Muntinlupa, Santa Rosa
  • República da Coréia: Suwon City
  • África do Sul: Cidade do Cabo, Durban, KwaDukuza
  • Estado da Palestina: Abasan Al-Kabira
  • Suécia: Helsingborg, Uppsala, Växjö
  • Tailândia: Hat Siao, Khonkaen, Patong
  • Turquia: Denizli, Esmirna
  • Reino Unido: Grande Londres, Grande Manchester, Bournemouth-Christchurch-Poole
  • EUA: Cleveland, Los Angeles, Park City
  • Vietnã: Dong Hoi City

Cidades Brasileiras participantes

No Brasil, as prefeituras de Belo Horizonte, Bertioga, Betim, Brumadinho, Brusque, Campinas, Curitiba, Epitaciolândia, Fernandópolis, Florianópolis, Fortaleza, Pedra Bela, Recife, Rio de Janeiro, São Leopoldo, Sertãozinho, Sorocaba, Terra Nova do Norte, Tremembé e Vila Nova dos Martírios se inscreveram para a edição 2019/2020 do Desafio das Cidades.

Sobre a formação do júri

O júri do Desafio das Cidades pelo Planeta é composto pelos principais especialistas no campo da sustentabilidade urbana de todo o mundo. Com amplo conhecimento local e regional, os membros do júri são qualificados de maneira única para avaliar a contribuição das cidades participantes na consecução das metas estabelecidas no Acordo de Paris.

Veja quem faz parte do Desafio das Cidades pelo Planeta

  • Rana Adib , diretora-Executiva do Renewable Energy Policy Network for the 21st Century (REN21)
  • Kyra Appleby, Diretora Global de Cidades, Estados e Regiões do CDP.
  • Dr. Qiu Baoxing, Conselheiro do Conselho de Estado da China, Presidente do Comitê chinês da Associação Internacional da Água (IWA), Presidente da Sociedade Chinesa de Estudos Urbanos
  • Dra. Barbara Buchner, Diretora-Administrativa Global e Diretora-Executiva, Financiamento Climático, Climate Policy Initiative
  • Alice Charles, líder de cidades, infraestrutura e serviços urbanos, Fórum Econômico Mundial
  • Andrea Fernandez, Diretora de Planejamento Climático, Finanças e Parcerias, C40
  • Dr. Wee Kean Fong, Diretor Adjunto de Países da WRI China
  • Russell Galt, Diretor, Aliança Urbana, IUCN
  • Franz Gatzweiler, Diretor Executivo, Instituto de Saúde Urbana e Bem-Estar do Ambiente Urbano do ICSU-UNU-IAMP, Academia Chinesa de Ciências
  • Nick Godfrey, Diretor da Coalizão de Transições Urbanas, uma Iniciativa Especial da Nova Economia do Clima para as Cidades
  • Daniel Hoornweg, Professor de Sistemas e Engenharia de Energia / Richard Marceau Chair na Ontario Tech University
  • Ede Ijjasz-Vasquez, Diretor Regional para a África no Grupo de Práticas de Desenvolvimento Sustentável do Banco Mundial
  • Kamal-Chaoui, Lamia, Diretor do Centro de Empreendedorismo, PME, Regiões e Cidades da OCDE
  • Margaret Kim, Diretora Executiva, Fundação Gold Standard
  • Dr. Shannon McDaniel, Diretor de Estratégia de Dados no Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia (GCoM)
  • Alexandre Meira da Rosa, Vice-Presidente para Países da América Latina e Caribe no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
  • Maimunah Mohd Sharif, Diretor Executivo do Programa de Assentamentos Humanos das Nações Unidas
  • Sameh Naguib Wahba, Diretor Global de Área Urbana, Gerenciamento de Riscos de Desastres, Resiliência e Prática Global de Terras, Grupo Banco Mundial
  • Anthony Nyong, Diretor de Mudanças Climáticas e Crescimento Verde, Banco Africano de Desenvolvimento
  • Gabriela Prata Dias, Diretora do Centro de Eficiência Energética de Copenhague
  • Aromar Revy, Diretor do Instituto de Assentamentos Humanos da Índia
  • Seth Schults, Diretor Executivo Global de Mudança Resiliente, Consultor Sênior em Cidades, Clima e Meio Ambiente, Tea, Blooberg, Fundador / CEO – Urban Breakthroughs
  • Manoj Sharma, Chefe do Grupo do Setor Urbano, Departamento de Desenvolvimento Sustentável e Mudanças Climáticas, Banco Asiático de Desenvolvimento
  • David Simon, Professor de Geografia do Desenvolvimento, Royal Holloway, Universidade de Londres, e Assessor de Futuros Urbanos Sustentáveis, Universidade de Tecnologia de Chalmers
  • Ben Smith, Diretor, Consultor em Energia e Mudanças Climáticas, Arup
  • Maryke van Staden, Diretor, Bonn Center for Climate Climate Action and Reporting (Carbon Center) do ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade.
  • Nicola Tollin, Professor, Presidente da UNESCO em Resiliência Urbana na Universidade do Sul da Dinamarca

Para mais informações sobre as etapas, metodologia, critérios acesse os materiais aqui:
https://wwf.panda.org/our_work/projects/one_planet_cities/one_planet_city_challenge/information_for_cities/

Para outras informações sobre o Desafio das Cidades pelo Planeta e edições anteriores acesse:
https://wwf.panda.org/our_work/projects/one_planet_cities/one_planet_city_challenge/

 

© WWFEnlarge
FONTE: WWF – Brasil e  ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade

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